Parte 3: Saúde e envelhecimento: Passado, Presente e Futuro
Um dos desafios mais urgentes enfrentados no envelhecimento por adultos idosos e pela força de trabalho da saúde é a doença de Alzheimer. Apesar de décadas de investimento e agregação de novos conhecimentos relevantes, pouco progresso foi feito contra esta doença devastadora. No entanto, temos a disposição abordagens subutilizadas, incluindo prevenção de acidentes vasculares cerebrais (derrame), bem como intervenções educacionais, ocupacionais e de saúde pública que fortalecem a reserva cognitiva e podem desacelerar o declínio cognitivo. Ainda assim, as evidências indicam que é possível – com intervenções de saúde pública, cuidados médicos, educação, segurança econômica e ambientes de apoio – restringir o período médio de doença e incapacidade para que nossa expectativa de saúde se aproxime de nossa expectativa de vida longeva. Infelizmente, esses produtos não têm beneficiado todas as pessoas idosas da mesma forma, e as disparidades ameaçam a extensão da saúde para as gerações futuras.
Precisamos entender como resolver disparidades persistentes para criar uma população saudável e com vida longa. Com períodos de saúde mais longos, precisamos reconsiderar nossos planos tradicionais de curso de vida, que foram divididos em estágios sucessivos de educação, trabalho e aposentadoria. Redesenhar o curso de vida e permitir que a sociedade se beneficie das capacidades e objetivos dos idosos podem transformar nosso futuro. Essa transformação exigirá o investimento na longevidade saudável, criando oportunidades para que os idosos participem de forma significativa na força de trabalho e em funções que contribuam para o bem público, concebendo a educação como uma experiência vitalícia e adotando mudanças ambientais e de estilo de vida que apoiem a longevidade saudável e o bem-estar social.
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Fonte: Fried LP, Rowe JW. Health in Aging: Past, Present and Future. N England J Med. 2020;383:1293-1296.